Casamento com prazo de validade
O trabalho é fruto da tese de doutorado na Universidade Internacional da Flórida, nos Estados Unidos.
Autora: Aline Machado
Jornalista, apresentadora da TV Câmara, ela analisou as eleições pós-ditadura para presidente, governador e deputado federal.
O caso das coligações brasileiras.
Em estoque
R$23.00
Desde o retorno à democracia, em 1985, os políticos brasileiros têm recorrido com frequência às coligações eleitorais (listas partidárias conjuntas) para eleger representantes. Um quebra-cabeça, com dimensões teóricas e práticas significativas, se apresenta: o que leva os partidos políticos brasileiros a formar esses cartéis eleitorais? De modo geral, por que os partidos brasileiros muitas vezes coordenam suas estratégias eleitorais formando alianças, com poucos candidatos concorrendo de forma independente? O Brasil é um excelente caso para estudar cartéis eleitorais, já que a lei permite alianças. Além disso, a verticalização oferece uma oportunidade única de comparação: antes e depois da mudança nas regras do jogo político. A análise é ancorada em contribuições teóricas sobre o comportamento dos candidatos à presidência da república, ao legislativo e ao governo do estado, seja com foco no Brasil ou em aplicação à política brasileira.
Finalmente, o Brasil tem experimentado o regime democrático ininterrupto desde 1985, o que me permitiu construir um banco de dados sobre a participação dos partidos em coligações eleitorais. Pelo fato de os distritos eleitorais (os estados) diferirem em magnitude, e os partidos, em tamanho e ideologia, tenho variação considerável nas minhas variáveis independentes para explorar o que move os partidos a formar alianças eleitorais no Brasil. O objetivo principal deste livro é desvendar os incentivos que os partidos têm para participar de coligações eleitorais no âmbito de um sistema presidencialista de governo, inclusive sob a verticalização. Também investigo o efeito das coligações eleitorais sobre a representação no Congresso. Nesta última questão, dado que os políticos favorecem projetos que os beneficiam, e que mais de 80% das cadeiras da Câmara dos Deputados são rotineiramente preenchidas por meio de alianças, as perspectivas de uma reforma político-institucional parecem pessimistas no Brasil.
Primeira mulher a ocupar a presidência da República, a mineira Dilma Rousseff, filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores), foi eleita em 2010 por uma coligação eleitoral composta por 10 partidos políticos. Entre os governadores eleitos pelos principais partidos nos principais estados, alianças foram regra. | Em São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin teve o apoio de 10 legendas. No Rio de Janeiro, Sério Cabral (PMDB) conseguiu o apoio de 16 partidos para ser reeleito governador. Eduardo Campos (PSB) fez uma aliança com 15 partidos para conseguir um novo mandato como governador de Pernambuco e Beto Richa (PSDB), eleito governador do Paraná, montou uma coligação com 14 partidos. |
O livro de Aline Machado é fundamental para entender os motivos que levam os partidos políticos a se coligar no Brasil. Embora não seja o único estudo sobre o tema, apresenta interpretações inovadoras ao mostrar que essa estratégia, presente nas eleições majoritárias e proporcionais, é um jogo em que todo ganham: partidos pequenos, partidos médios e também as grandes legendas. Além de leitura obrigatória aos que se interessam por partidos políticos, este livro é útil para acompanhar e entender as discussões sobre reforma política no Brasil, assunto aparentemente distante do dia a dia dos brasileiros, mas essencial para ampliar e consolidar nossa participação política.
— Vivaldo de Sousa, Jornalista da Folha de S.Paulo
Peso | 250 g |
---|---|
Dimensões | 23 × 16 × 2 cm |
ISBN | 9788550802626 |
Número de Páginas | 168 |
Ano | 2018 |
Edição | 1° Edição |
Disponível em ePub? |
Disponibilizamos uma pequena amostra do livro para que você possa apreciar os detalhes do índice os conteúdos iniciais e linguagem visual.