A voz da casa é uma história sobre o tempo e a amizade. Os gregos já nos disseram que o tempo é o
grande predador que tudo cria e tudo destrói. Só não destrói a memória e os sentimentos.
Neste livro ele atua sobre as pessoas e também sobre a casa, e a narradora é o elo que costura os tempos, revelando ao leitor o lento esboroar da casa e de seus moradores. Contudo, ela registra também a constância de seu amor pela família que se vai, um bem-querer simultaneamente firme e precário.
Firme porque ancorado nas lembranças de seu convívio com a família, que a recebia na copa, com toda a intimidade, partilhando o seu afeto e as delícias da cozinha árabe. Precário porque o passado não o sustenta mais, e o futuro ninguém sabe o que trará.
Mais do que testemunha de um tempo, a narradora é a própria voz da casa, expondo suas perdas, a família que partiu lenta e inexoravelmente, a decadência que o tempo trouxe consigo. Ferida de morte, a casa expõe sua nudez e sua fragilidade nas fundas rachaduras
das paredes.
Para trás houve um tempo de afeto que passou, mas para a frente talvez haja um tempo de esperança. É isso que nos sugere a bela ilustração da capa que mostra uma cadeira vazia numa sala deserta. Nessa cadeira tanto pode assentar-se a saudade por alguém que se foi, como a esperança por alguém que virá, e esses sentimentos o tempo não apaga.
Vera Maria Tietzmann Silva
Em estoque
R$82.90
Peso | 234 g |
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Dimensões | 25 × 18 × 0.5 cm |
Número de Páginas | 56 |
Edição | 1° Edição |
Disponível em ePub? |
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