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“Viu que estava morta. Mortinha. Tetê, a criança: durinha no chão do quarto. Uma garrafada na cabeça. Deu umas bicas. Pisou. Tetê, a criança, estava morta. L. então pediu ajuda da mulher, R., pra desovar o corpo.
— Um anjo de vitral – disse a mulher.
— Moído – respondeu o homem.
Foram pra Antonina, jogar o cadáver no mar. Cortaram e guardaram uma mecha de cabelo de Tetê, a criança, a filha.”
Malditos sejam poderia ser definido como um livro de microcontos ou ser chamado apenas de ficções. É um exercício de estilo sobre a língua e a vida de anônimos, esquecidos, excluídos, vendedores de doce, chapeiros de padaria, velhos tarados, bolivianos, baianos, homens e mulheres invisíveis do Brasil. Os personagens de Malditos não frequentam lugares burgueses, salões e baladas mundanos. Avistam tais oásis apenas da janelinha do ônibus e entram pela porta de serviço das casas dos bacanas. Só vão à Disney no vale a pena ver de novo da TV. Andam com bolsos estufados de carnês, contas de luz, água, gás e a cada fim de noite muitos perdem o último ônibus para o Jaçanã – e, então, só amanhã de manhã. Essa brava gente resiste nos cantões de uma metrópole brasileira. Vive um assim seja, um faz de conta, um tanto faz. Cai-lhe, como uma luva de Mike Tyson, uma máxima de Jamil Snege: “viver é prejudicial à saúde”. Não vislumbra uma saída além de um camburão ou uma maca do SUS.
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Um livro desenvolvido para aquelas pessoas que acham que qualquer assunto técnico fará com que seus cérebros se fechem como uma porta de garagem, aquelas que sinceramente se preocupam com o efeito que os veículos terão no meio ambiente e que, embora acreditem não serem capazes de consertar os seus carros sozinhas — e que não gostariam de fazer isso se possível —, estão dispostas a tentar.
Como isso convence os leitores relutantes? Este livro foi escrito por uma genuína ex-Leiga de carteirinha que descobriu que, apesar de completa ignorância e falta de habilidade manual, estar pessoalmente envolvido com um veículo é uma coisa agradável, recompensadora e fácil. Pode acreditar!
Este livro não foi escrito para pessoas que têm experiência em consertar as coisas. Este livro foi escrito para você, caso:
Nunca tenha pegado numa chave de fenda.
Tenha certeza de que, no seu caso, o serviço manual só pode resultar em desastre.
Não tenha a menor ideia de como um carro funciona.
Tenha sido reprovado nas aulas de educação artística.
Acredite que, se fizer algo errado, seu carro explodirá.
Peso | 700 g |
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Dimensões | 24 × 17 × 2 cm |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
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