“Ensaios” seria uma maneira aproximada de classificar os textos aqui reunidos, embora eles não aceitem docilmente nem essa nem outraspossíveis definições. O que os une é, talvez, uma vontade de buscar na vida os limites da arte e vice-versa – traçando na escrita fronteiras prontas para serem borradas, deixando sempre a sensação de que uma coisa vive e se cria na outra.
Do gênero inventado por Montaigne, Diogo Medeiros herda a vontade de capturar a reflexão em movimento e a disposição para filtrar pela própria experiência tudo o que vê, ouve e lê. De poesia japonesa a Chris Marker; de Eduardo Coutinho a Clarice Lispector; de relações familiares a transformações urbanas; sonhos, leituras, impressões: é dessa matéria múltipla que é feito este livro. E assim terminamos a leitura menos com a vontade de classificar e definir, do que com o espírito aberto para as invenções formais e as ligações inusitadas que o autor nos propõe.
Só depois de revelar o filme é que me dei conta de que, em uma das tentativas, eu tinha conseguido pegar o goleiro numa posição de voo, junto com a bola entrando no gol. Lá no fundo, também enquadrado pelas traves, o Pão de Açúcar, cuja curvatura foi por um instante correspondida pela curvatura do tronco e do braço direito do menino. O braço esquerdo, descolado do corpo, parece emular uma asa e dá à figura do menino um quê de anjo.
A bola está tão longe, tão inalcançável, que o salto parece um gesto gratuito, um exercício de beleza pura. […] Agora, vendo essa fotografia, reparo no grupo de pessoas atrás da trave esquerda, curtindo um dia de praia, e na figura solitária à direita, diluída na grandeza do mar. Ninguém parece ter notado o lindo salto do goleiro. Como naquele quadro de Bruegel em que ninguém repara na queda de Ícaro. Na vista do Pão de Açúcar, lá de cima, as pessoas se pareciam demais com a areia para fazer qualquer diferença.”
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Um livro desenvolvido para aquelas pessoas que acham que qualquer assunto técnico fará com que seus cérebros se fechem como uma porta de garagem, aquelas que sinceramente se preocupam com o efeito que os veículos terão no meio ambiente e que, embora acreditem não serem capazes de consertar os seus carros sozinhas — e que não gostariam de fazer isso se possível —, estão dispostas a tentar.
Como isso convence os leitores relutantes? Este livro foi escrito por uma genuína ex-Leiga de carteirinha que descobriu que, apesar de completa ignorância e falta de habilidade manual, estar pessoalmente envolvido com um veículo é uma coisa agradável, recompensadora e fácil. Pode acreditar!
Este livro não foi escrito para pessoas que têm experiência em consertar as coisas. Este livro foi escrito para você, caso:
Nunca tenha pegado numa chave de fenda.
Tenha certeza de que, no seu caso, o serviço manual só pode resultar em desastre.
Não tenha a menor ideia de como um carro funciona.
Tenha sido reprovado nas aulas de educação artística.
Acredite que, se fizer algo errado, seu carro explodirá.
Peso | 700 g |
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Dimensões | 24 × 17 × 2 cm |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
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