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“Isso de matar, Carolina não entendia. Entendia de se entregar. Se a gente gosta, não se entregar por quê? E enquanto olhava o tempo mormacento e as poças d’água
evaporando no calor da manhã, pensava em Benvindo. Ele viria quando o sol se deitasse na lonjura do horizonte e antes da lua escorregar para fora dos morros. Benvindo chegaria com a escuridão e se amariam rolando na areia da praia sem que luar nenhum pudesse denunciá-los. O quartinho nos fundos da igreja ficaria pronto e não seria preciso mais rolação na areia, ela gemendo o quanto podia e ele dizendo coisas safadas que ela gostava de ouvir, como aquilo de que seus peitos eram grandes como a ilha do Monte do Trigo.” Uma praia e personagens que ali vivem acompanhados por quatro décadas. O lugar muda, os personagens, também. Só não muda o amor alucinado de Venâncio por Veridiana, ela escultora famosa que tem ali casa de veraneio, ele um moleque que lhe vendia pitus e um dia vira seu caseiro,
motorista, jardineiro, provedor de peixes e amante. Em torno do casal há outros personagens. Carolina, a de muitos homens, que ia dormir com um deles no quartinho nos fundos da igreja. Dona Quicas, o jornal falado do local, “falado”, aliás, na pitoresca linguagem caiçara, com termos não mais utilizados e palavras inventadas pela criatividade do povo ali nascido. O médico de fora que assumiu o filho que sua Tereza teve com o trabalhador da Rio-Santos. Kurt, o alemão dono do hotel que cantava “Bruderlein drink”. Izaltina, brabeza e seriedade encarnadas que, um dia, em briga com o marido pespegou-lhe o aviso “quem não pode co’as calça, arria!” O tempo passando, o amor escorregando pelos quintais e pelas casas e um dia a violência explodindo.
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Um livro desenvolvido para aquelas pessoas que acham que qualquer assunto técnico fará com que seus cérebros se fechem como uma porta de garagem, aquelas que sinceramente se preocupam com o efeito que os veículos terão no meio ambiente e que, embora acreditem não serem capazes de consertar os seus carros sozinhas — e que não gostariam de fazer isso se possível —, estão dispostas a tentar.
Como isso convence os leitores relutantes? Este livro foi escrito por uma genuína ex-Leiga de carteirinha que descobriu que, apesar de completa ignorância e falta de habilidade manual, estar pessoalmente envolvido com um veículo é uma coisa agradável, recompensadora e fácil. Pode acreditar!
Este livro não foi escrito para pessoas que têm experiência em consertar as coisas. Este livro foi escrito para você, caso:
Nunca tenha pegado numa chave de fenda.
Tenha certeza de que, no seu caso, o serviço manual só pode resultar em desastre.
Não tenha a menor ideia de como um carro funciona.
Tenha sido reprovado nas aulas de educação artística.
Acredite que, se fizer algo errado, seu carro explodirá.
Peso | 700 g |
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Dimensões | 24 × 17 × 2 cm |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
ISBN | 978-85-7608-858-5 |
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